Ao todo 68 animais, entre gado leiteiro e gado de corte, foram inseminados durante o mês de dezembro, na região do Tronco e Abapã e comunidades adjacentes. Nesta etapa também foram realizados diagnósticos de gestação, dos bovinos inseminados na primeira fase do programa.
Os últimos produtores atendidos neste ano foram Jussara de Fátima Baniski, do Marmeleiro, Sergio Luiz Sandri, da comunidade Água Branca e José Guilherme de Jesus Marinho, da comunidade Conceição, distrito do Abapã. Ao destacarem a adesão ao + Pecuária Brasil, foram unanimes quanto os principais fatores que influenciaram a decisão e sobre os benefícios proporcionados pelo programa. A redução nos custos da produção e o melhoramento genético, para garantia de pureza e qualidade de plantel, são sem dúvida os principais fatores citados.
Jussara de Fátima Baniski e a filha Rayssa Baniski, que são criadoras de vacas de leite da raça Holandesa, citaram o quanto oportunidades de reduzir custo ajudam os produtores diante da crise do mercado leiteiro instalada no país. “É uma boa ajuda para nós produtores, até porque não está fácil se manter na atividade por conta da crise do leite. Estamos gostando muito de participar e se for possível, queremos continuar e incluir mais animais, também pela possibilidade de melhorar a genética, o que será um diferencial no nosso plantel”, destacou.
Além disso, Rayssa explicou que o protocolo seguido para inseminação dos bovinos torna os trabalhos na leiteira bastante práticos, e que há maior garantia de prenhez. “Como tem data e hora marcada para os veterinários virem até a propriedade realizarem a inseminação, o processo se torna rápido e prático e reduz o risco de perdermos o período de cio, ou de ocorrem muitas repetições, o que é bem comum de acontecer, ainda mais em períodos muito quentes como o que estamos”, ressaltou. Na propriedade, foram inseminadas cinco vacas nesta terceira fase do programa.
Já o produtor Sergio Luiz Sandri foi o único a participar desta etapa com animais de corte. Ele, igualmente destacou a economia proporcionada e o melhoramento genético, o que segundo o produtor, fará toda diferença na produção. Na propriedade foram inseminadas nove animais, mas já há sinalização positiva para que mais animais sejam inclusos no programa. “Daqui alguns meses tenho mais uma remessa de animais para serem inseminados”, afirmou.
Os primeiros bezerros, frutos das inseminações feitas pelo + Pecuária Brasil – Conafer no município, nascem a partir do mês de abril de 2024. Mas até lá mais produtores castrenses devem ser beneficiados pelo programa, já que a busca e cadastramento de novas propriedades continuam sendo feitos pela Secretaria Municipal de Agricultura.
Sobre o programa e como participar
A vinda do programa + Pecuária Brasil – Conafer para Castro é resultado de um acordo de cooperação técnica assinado pelo município e pelo governo federal, em setembro de 2022.
Conforme explicou a médica veterinária da Secretaria Municipal de Agricultura, Elisa Maria Zappe Kassies, que é responsável técnica pela execução no município, o programa é destinado à produtores de pequeno porte, para quem a adesão não gera custos, basta se cadastrar junto à Secretaria de Agricultura ou diretamente com a veterinária. O cadastro exige apresentação de documento de identificação oficial com foto, CPF, comprovante de residência e comprovante de aplicação da vacina de Brucelose, dos últimos três anos.
Após cadastramento, os produtores passam a receber visitas, agendadas antecipadamente, da equipe de profissionais que examinam os animais e os preparam para inseminação, conforme protocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). A técnica foi criada justamente para solucionar problemas frequentes na prática de inseminação artificial convencional e melhorar a eficiência reprodutiva das propriedades.
Os animais também são acompanhados depois da inseminação, inclusive para garantia da prenhez, quando identificada, por exemplo, ocorrência de perda embrionária.
